Antecedentes e importância da partida

Na noite de 23 de setembro de 2025, o Maracanã recebeu o duelo decisivo entre Fluminense e Lanús, válido pela segunda rodada das quartas de final da Copa Sul‑Americana. O contexto era de grande pressão: o Tricolor havia perdido o primeiro confronto em Buenos Aires por 1 a 0, com Marcelino Moreno marcado nos minutos finais. Para avançar, o clube precisava de uma vitória por ao menos dois gols, já que um placar de 1‑0 levaria a partida para os pênaltis. Por outro lado, o time argentino tinha a vantagem de um empate fora de casa, que bastaria para garantir a classificação.

O Fluminense chegava ao duelo após uma vitória por 1‑0 sobre o Vitória na Série A do Campeonato Brasileiro, mas ainda carregava dúvidas sobre a presença de alguns jogadores-chave. O treinador Renato Gaúcho precisava equilibrar a urgência de reverter o déficit com a manutenção da solidez defensiva que havia caracterizado a campanha internacional do clube.

Escalações prováveis e detalhes táticos

O provável XI tricolor foi divulgado pouco antes da partida. Na meta, o experiente Fábio foi a escolha natural. A defesa contaria com Guga, Thiago Silva, Freytes e Renê, formando uma linha de quatro que mistura juventude e experiência. No meio‑campo, a presença de Hércules, Martinelli e a condição de Nonato foram incertas; Renato Gaúcho chegou a considerar Lucho Acosta como substituto de Nonato, caso o volante não fosse liberado. No ataque, o trio Canobbio, Everaldo e Serna tinha a missão de gerar chances e, sobretudo, transformar a rede duas vezes.

Do lado argentino, Lanús chegou com Losada no gol e uma linha de quatro composta por Morgantini, Izquierdoz, Canale e Marcich. O meio‑campo apresentava Medina, Cardozo e Aquino, enquanto a frente de ataque reunia Salvio, Walter Bou e o decisivo Marcelino Moreno, autor do gol que deixava o time argentino com vantagem no placar agregado.

Além das dúvidas de escalação, o Fluminense trazia à partida um histórico impressionante: eram 22 jogos consecutivos sem derrota em casa nas competições internacionais. Esse domínio no Maracanã sempre foi apontado como um fator que poderia intimidar os visitantes e, possivelmente, mudar o rumo da partida.

O mando de campo também significava uma torcida vibrante e apaixonada, que lotou as arquibancadas na expectativa de ver o Tricolor virar o placar e alcançar as semifinais. A atmosfera era comparável a uma final, com cantos, bandeiras e o clima típico de uma noite de clássico no Rio.

Para o público que ainda não sabia, a partida foi transmitida ao vivo pelo SBT, canal aberto de TV, e simultaneamente pela plataforma de streaming Paramount+. A escolha de múltiplas plataformas garantiu amplo acesso ao jogo, atraindo torcedores de todo o Brasil.

Durante o jogo, o Fluminense conseguiu abrir o placar, mas a resposta de Lanús foi rápida. O gol do argentino no segundo tempo selou o empate em 1‑1, resultado suficiente para que Lanús avançasse, pois mantinha a vantagem do primeiro jogo. A estratégia de Renato Gaúcho, que buscava o gol de honra logo no início do segundo tempo, acabou não se concretizando com a diferença necessária.

Com a eliminação, o Fluminense tem agora que focar na sua campanha no Campeonato Brasileiro, enquanto Lanús segue para as semifinais, onde enfrentará o vencedor entre Alianza Lima e Universidad de Chile. O desfecho da partida reforça a importância de cada detalhe tático e da necessidade de converter oportunidades quando o resultado está contra.

Para o torcedor tricolor, o sentimento de frustração é inevitável, mas a história de invencibilidade no Maracanã ainda permanece intacta nas próximas partidas internacionais. O próximo passo será analisar o que pode ser ajustado no esquema de jogo, principalmente no meio‑campo, onde as ausências e dúvidas de última hora podem ter custado caro.