Tyrese Haliburton brilha nos playoffs da NBA com comemorações icônicas após lances decisivos

Haliburton e os playoffs: celebrações que viraram tema

Se tem um nome em alta nos playoffs da NBA de 2025 é Tyrese Haliburton. Não é só pelo que faz dentro de quadra com a camisa do Indiana Pacers, mas pelo que faz logo depois da bola cair. O atleta virou assunto nos Estados Unidos e movimentou até a velha guarda dos fãs de basquete graças a duas comemorações que transcenderam os jogos – ambas marcadas por referências e muita personalidade.

No segundo jogo da semifinal do Leste, contra o Cleveland Cavaliers, Haliburton protagonizou uma virada impressionante após os Pacers saírem de um déficit de 20 pontos. O armador decidiu tudo com uma bola de três pontos restando apenas 1,1 segundo no relógio. Não foi só a frieza da cesta que chamou atenção: logo na sequência, Haliburton fez o famoso gesto de dança inventado por Sam Cassell nos anos 90. Essa dança já rendeu multas para estrelas como LeBron James, Julius Randle e Fred VanVleet, todos punidos com valores altos pela NBA. No caso de Haliburton, porém, ficou só no aviso: o alerta veio, mas o bolso não sentiu.

A liga é conhecida por observar de perto esse tipo de atitude, mas desta vez o contexto pegou mais leve. Afinal, ali estava um jogador celebrando um dos maiores comebacks dos últimos anos, inflamando a torcida e marcando uma etapa importante do caminho dos Pacers rumo à final do Leste.

Reggie Miller e a conexão com a história dos Pacers

Reggie Miller e a conexão com a história dos Pacers

Não demorou muito e Haliburton voltou às manchetes, dessa vez num duelo emocionante contra o New York Knicks. Faltando poucos segundos, o armador arriscou mais uma bola espetacular – que parecia garantir a vitória – e não resistiu: repetiu o eterno gesto do "choke" (mão no pescoço, em referência à pressão que sufoca), eternizado pelo ícone dos Pacers Reggie Miller nos confrontos dos anos 90 contra os próprios Knicks.

Dessa vez, um detalhe técnico mudou a narrativa: depois da celebração, a arbitragem revisou a jogada e viu que o pé de Haliburton estava na linha dos três pontos. Em vez de três, o lance valeu dois pontos, levando o jogo para a prorrogação. Mas ninguém tirou a força da homenagem. Reggie Miller, lenda viva, não só notou como fez questão de cumprimentar Haliburton após a partida, fechando o ciclo entre passado e presente do Indiana Pacers.

Questionado sobre o momento, Haliburton admitiu que teria segurado a emoção se soubesse que a partida continuaria. Mas explicou que era impossível não se deixar levar pelo calor do jogo e pela honra de homenagear alguém tão importante para a franquia.

Estas comemorações viraram símbolo do novo espírito dos Pacers: uma equipe que precisa se reinventar, mas não esquece suas raízes. Com Haliburton no comando e mostrando cada vez mais personalidade, Indiana abriu 2 a 0 sobre os Cavaliers e bateu os Knicks na prorrogação, sempre com drama e emoção. Além dos lances decisivos, o armador ficou marcado pelo jeito como celebrou cada conquista – transformando gestos em parte da história do time e cativando cada vez mais a torcida.